veio um vento e me levou
levou o que eu era
levou o que tinha
o que sabia
as minhas certezas desnecessarias
tão fantasticas que enchiam meus parcos bolsos
e que agora de nada servem
veio um vento e carregou para longe daqui meu pensamento
futuros disponiveis
presentes tao desejados
passados doces e molhandos
veio um vento e me levou
Um espaço para os guerreiros soltarem sua voz em torno da fogueira. Tomai assento em vosso lugar em torno da fogueira. E dizei palavras belas.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
dragão
Edson Bueno de Camargo
e toda profecia
que lhe saía das mãos
era uma sentença torta
epístolas postas na mesa
sem direito e direção
era festa na aldeia
ou se assemelhava
algo que voava
entre fitas lilases
e milagres de vinho e pão
e todo vento
que me chegava
era embriagado
estopa embebida em vinagre
deuses bentos em oração
e sob luz de candeias e voltas
toda a reza tinha um certo destino
olhares de menina triste
rosas verdes no parapeito
e medo de assombração
naquela noite não dormi direito
São Jorge não era meu amigo ainda
olhava-me firme junto à janela
com o cavalo empinando
e debaixo mais condescendente
com todos os seus dentes
ria de mim o dragão
quinta-feira, 22 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Quero abrir a porta
Quero abrir a porta
Quero abrir a porta...
E ver o que tem...
Lá dentro!
Provavelmente ele está lá!
Mas não sabe disto
Está batendo a máquina
Esta fazendo barulho
Provavelmente vai acordar a todos
Não quero abrir a porta!
Para não ver...
...o que está lá dentro!
Provavelmente
Ela está por lá
Digitando algum texto!
E vai fazer barulho!
Vai acordar a todos
Pois todos estão dormindo!
Já faz tempo!
Pois eu sei!
Mas ela não sabe...
Mas está viva!
Bem viva pôr sinal
Mas eles sabem disto...
Quero fechar a porta!
E esquecer...
O que tem lá dentro
Pois ela estava morta!
Não queria viver...
Quer ir para bem
Para bem longe
Daquilo tudo!
Pois ela não sabe
Mas eu estou vivo!
Embora combalido
Estou vivo
E bem vivo
Apesar toda ausência...
Dela em minha vida
Quero fechar a porta
As janelas
E me esconder
De toda a ausência
De toda a dor
Não quero ver o sol
As estrelas
Os astros
Só quero fechar
A porta
E esquecer
Que um dia
Amei-te!
Mas que a mim mesmo
Hoje
Só quero fechar a porta
E ir embora...
De toda a tua ausência!
De toda a dor!
Samuel Congo da Costa é poeta em Itajaí SC
Quero abrir a porta...
E ver o que tem...
Lá dentro!
Provavelmente ele está lá!
Mas não sabe disto
Está batendo a máquina
Esta fazendo barulho
Provavelmente vai acordar a todos
Não quero abrir a porta!
Para não ver...
...o que está lá dentro!
Provavelmente
Ela está por lá
Digitando algum texto!
E vai fazer barulho!
Vai acordar a todos
Pois todos estão dormindo!
Já faz tempo!
Pois eu sei!
Mas ela não sabe...
Mas está viva!
Bem viva pôr sinal
Mas eles sabem disto...
Quero fechar a porta!
E esquecer...
O que tem lá dentro
Pois ela estava morta!
Não queria viver...
Quer ir para bem
Para bem longe
Daquilo tudo!
Pois ela não sabe
Mas eu estou vivo!
Embora combalido
Estou vivo
E bem vivo
Apesar toda ausência...
Dela em minha vida
Quero fechar a porta
As janelas
E me esconder
De toda a ausência
De toda a dor
Não quero ver o sol
As estrelas
Os astros
Só quero fechar
A porta
E esquecer
Que um dia
Amei-te!
Mas que a mim mesmo
Hoje
Só quero fechar a porta
E ir embora...
De toda a tua ausência!
De toda a dor!
Samuel Congo da Costa é poeta em Itajaí SC
quarta-feira, 14 de julho de 2010
parafraseando Drummond:
Edson Bueno de Camargo
quando eu nasci
veio um saci
era para ser um anjo
que caiu de bebida na esquina
além de que seria plágio poético
(Carlos Drummond de Andrade teve a idéia primeiro)
o saci usava um velho jeans
e um all star surrado
(cadarço branco de velho punk)
não falava coisa com coisa
devia estar emaconhado brisado
sei lá
até ai
a vida não faz o menor sentido mesmo
vai edson
vai ser poeta na vida
maldisse o saci
fui peão de fábrica
tesoureiro
chefe de repartição
sindicalista
larguei a faculdade
mas fui pelas ruas
a fazer versos tortos
(imitando o Roberto Piva
que era um poeta melhor)
ah! como se pode perder o bonde da vida
se não existem mais bondes
só resta o conhaque no bar da esquina
e olhar o umbigo das moças que passam
olhar para a lua
pensando
só
terça-feira, 13 de julho de 2010
O QUE É AMOR
IMAGEM DE MARCEL
O O QUE É AMOR
Na beleza do pôr-do-sol
Contemplo a paz contida
no silêncio da noite que se aproxima...
Tudo é calma
Tudo é alma
Sinto a grandiosidade do Todo
Se manifestando nas pequenas coisas
No bater do meu coração
No pulsar de uma paixão...
Neste momento cessa
o que denominamos "dor"
Pois na minha vida
Compreendo o que é amor.
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
ME FASCINA
imagem google
ME FASCINA
Teu cheiro me fascina...
A lembrança do seu beijo
Domina meus sentidos
Meu corpo entorpecido
Anseia por seu toque...
A razão e a emoção
Entram em choque
Aceleram o coração
E eu pergunto: o que é este sentimento?
Não é paixão, nem atração
Não é amor
Sua ausência causa tormento
A saudade maltrata o peito
Causando sofrimento...
A alma num lamento compõe versos
O sentimento é único
incompreensível
Mas sem razão de ser...
E lança no Universo uma melodia
Que volta para o pensamento
Em acordes doces de um sentimento puro
Carinho, afeição...
Por que não dizer que é amor então?
Sentimento que não tem porque existir...
Brincadeira da vida
O meu tempo extinguiu-se
O seu... apenas começou
E lanço no papel, palavras
Poesia traduzida em poemas
A alma perdida não entende...
Por que não pode ser?
A razão tem sua opinião...
A emoção deve ser guardada
apenas no meu coração
Assim é triste amar...
Mas eu sei
Isto vai passar
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Meditação
Meditação
A gente começa a amar
por simples curiosidade,
por ter lido no olhar,
certa possibilidade.
E como no fundo,
a gente se quer muito bem,
ama quem ama somente,
pelo gosto que tem.
Pelo amor de amar
começa a repartir o pudor,
e se habitua depressa,
a trocar frases de amor.
E sem pensar vai falando,
as coisas que já falou
e então continua amando,
só porque já começou.
Paula Kalantã
e-mail: paulinhakalanta@yahoo.com.br
A gente começa a amar
por simples curiosidade,
por ter lido no olhar,
certa possibilidade.
E como no fundo,
a gente se quer muito bem,
ama quem ama somente,
pelo gosto que tem.
Pelo amor de amar
começa a repartir o pudor,
e se habitua depressa,
a trocar frases de amor.
E sem pensar vai falando,
as coisas que já falou
e então continua amando,
só porque já começou.
Paula Kalantã
e-mail: paulinhakalanta@yahoo.com.br
sábado, 10 de julho de 2010
ACREDITAR, SEMPRE...
imagem google
ACREDITAR, SEMPRE...
Enfrentar problemas com coragem!
Acreditando sempre que amanhã será melhor...
Tudo é aprendizado, afinal de contas!
Desafios... eles estão e estarão sempre presentes.
O importante é encará-los de frente, fazendo sempre o nosso melhor.
Não devemos temer algo... o melhor sempre acontece para cada um!
Acreditar sempre, pois temos dentro de nós algo de Divino, que a Força Maior colocou e está presente na nossa Essência.
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
INOCÊNCIA
IMAGEM GOOGLE
INOCÊNCIA
A pureza de um olhar
Transmite tudo o que é amar
Transparência e verdade
Sinceridade...
No olhar de uma criança
Toda a esperança contida
Nos mostrando que apesar de tudo
que possa nos entristecer
A vida, esta dádiva Divina
Vale a pena ser vivida
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Contrato.
Edson Bueno de Camargo
quando me deram de comer
compraram com isso minh’alma
colocaram no fundo do prato
um contrato sem que me apercebesse
e quanto mais me fartasse
quanto maior a abundante mesa
mais partes de mim se levavam
não me sinto mais eu mesmo
há um vazio que me preenche por dentro
não há tormento,
nem angustia
só um vazio que me permeia a pele
como se esta fosse invisível
como se não fosse mais possível.
Poema publicado no livro "Poemas Do Século Passado-1982-2000", edição de autor, Mauá, SP - 2002 e Livro da Tribo (Agenda Poética) 2004-2005 – Editora da Tribo – São Paulo-SP.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
CORAÇÃO INSENSATO
IMAGEM GOOGLE
CORAÇÃO INSENSATO
Oh! Coração!
Por que disparas tão alucinadamente
a uma simples visão deste ser?
Por que bates descompassado?
Por que Alma minha,
brilhas através do meu olhar
a um simples sorriso deste moço?
Diga-me Senhora Sensatez?
Por quê?
Por que foges e deixa que a Insensatez
ocupe o seu lugar?
Loucuras do coração...
E quem vai dizer o contrário?
Paixão...
Sedução a um simples toque!
O que eu faço com a razão agora?
kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Atrabílis (on the rock)
Atrabílis (on the rock)
Sonho embalado
Alívio artificial
São segundos
De dor e alívio
Embalo por doces
Que matam...
São corpos esqueléticos
Embarcados em almadias fictícias...
A dançar com a cerasta...
A sonhar com a dabua encantada!
A pedir mais uma dose!
Na noite fria como uma alabanda!
Para uma nova viagem onírica!
Para voltar para casa...
Ao som dos tambores!
Para a mãe negra!
Samuel da Costa é poeta em Itajaí
Sonho embalado
Alívio artificial
São segundos
De dor e alívio
Embalo por doces
Que matam...
São corpos esqueléticos
Embarcados em almadias fictícias...
A dançar com a cerasta...
A sonhar com a dabua encantada!
A pedir mais uma dose!
Na noite fria como uma alabanda!
Para uma nova viagem onírica!
Para voltar para casa...
Ao som dos tambores!
Para a mãe negra!
Samuel da Costa é poeta em Itajaí
A insustentável leveza do ser
A insustentável leveza do ser
(para Morgana Cristian da Costa)
Ninguém suportava mais o jeito dela
O sorriso encantador e seu brilho no olhar
Seu otimismo exacerbado
Sua maneira de ver o mundo
Sempre cheia de esperança
Ninguém suportava mais seu jeito de ser
Sempre feliz & alegre
Contudo, ninguém suportava mais!
Seus devaneios e seus rompantes de felicidade
Suas pequenas loucuras
Seus excessos de sinceridade
Sempre imprevisível
Contudo, ninguém suportava mais o jeito dela...
Quem sabe, somente eu?!?!
Samuel Congo da Costa é poeta em Itajai SC
domingo, 4 de julho de 2010
TRADUÇÃO DO QUE É AMOR
IMAGEM GOOGLE
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
TRADUÇÃO DO QUE É O AMOR
Bolhas de sabão
Arco-íris multicor
Canto do Bem-te-vi
Beijo do Beija-flor
Anjo que cura a dor
Razão deste meu amor
Um beijo com emoção
Acalanto de eterna paixão
Meu poema criança
Traduz toda a minha esperança...
Kira, Penha Gonçales
quinta-feira, 1 de julho de 2010
esquizofrenia
Edson Bueno de Camargo
dou passos ao acaso
e como diz o poeta Antonio Machado
a estrada se cria sob meus pés
sempre quis ser um artista plástico
o poeta entrou em minha vida de contrabando
junto o músico que menosprezei
o poeta é o mais persistente
dos sintomas
de minha esquizofrenia
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