terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais uma casa.



Edson Bueno de Camargo

...os meninos da cidade viram a casa alçar vôo... pág. 110 in - Flores No Pote.- António Souza. -Mazza Edições – Belo Horizonte - 2002.



Um dia alguém muito feliz passou por esta porta. Em outro, com profunda tristeza. D’outra feita, uma criança saltitante a atravessou, e seu caixão, já na profunda idade, também. Seus batentes suportam o peso de todo um tempo, e mais adiante. A porta escancarada conta histórias. Aquele tijolo diz de onde veio. A madeira podre lembra que foi árvore.

Borboletas substituem pessoas, floresce um jardim improvável em meio às telhas.

As casas envelhecem com e como as pessoas, um dia morrem, de doença ou tristeza.

Ruínas são fantasmas enternecidos. As casas não podem sair do local onde estão, mas a muito o abandonaram. 




exercício de criação 6

O que a foto te faz pensar? Que lugar é esse? O que aconteceu antes?

http://gambiarraliteraria.blogspot.com/2010/09/exercicio-literario-6.html

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Oficina de Poesia da Taba – Neste Domingo – 19/09/2010 -



Oficina de Poesia da Taba – Neste Domingo – 19/09/2010 -


Neste domingo dia 19 de setembro de 2010 acontecerá a “OFICINA DE POESIA” da Taba de Corumbê. Evento aberto e livre.

Domingo: 19/09/2010 - 15h00 ás 17h00


Local: TEATRO MUNICIPAL DE MAUÁ
Rua Gabriel Marques, n.º 353 - Centro – Mauá – SP
(Acesso também pela Avenida João Ramalho, 456.

Oficina de Conto da Taba – Nesta Sexta-feira – 17/09/2010 -



Oficina de Conto da Taba – Nesta Sexta-feira – 17/09/2010 -


Nesta sexta dia 17 de setembro de 2010 acontecerá a “OFICINA DE CONTO” da Taba de Corumbê. Evento aberto e livre.

Sexta-feira: 17/09/2010 - 19h00 ás 21h00


Local: BIBLIOTECA MUNICIPAL CECÍLIA MEIRELES
Espaço “Heleny Gariba”
Rua Rio Branco, 87 - 1º Andar – Centro - Mauá – SP - Telefone:. 4547-1483

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

OLHOS APAIXONADOS

Cada noite de desencontro
é um grito estrelando
a saudade no abismo

Cada noite sem você me descompleta
cada lágrima solitária deixo espetada
nos clarões da lua

O deleite dos anjos espalha as brasas
da anarquia aonde eu só queria
ter você

As estátuas sibilam mensagens
pelas aves noturnas
sexo e liberdade encarnam na praia
um anjo de fogo que eu dobro
até fazer da areia um sino do céu
e os amores que eu deixei
dedilham harpas nos meus olhos
apaixonados por você tão intensamente
que nem na morte dispo da pele teu sabor

e o pássaro cego sabe do que é feito o sonho

quando a natureza
se faz música
pelo sorriso da tua alma