Eu saio nesta noite, mil trombetas anunciam que o tempo acabou
porque nunca fui bom menino,
eu conheço a mensagem das sombras no viaduto
e já não quero mais beber as oferendas do comércio ambulante da culpa,
porque é minha alma que agita a bandeira vermelha dentro da garrafa,
estou armado de loucuras e psicotrapos, apenas os viciados
sabem aonde vou porque roubamos juntos o dinheiro do padre,
todos sabem que te amo da maneira mais animal do coração,
a teimosia de assassinar imbecís prova que o meu amor é selvagem
porque no teu cio encontro a dança que enterra raízes no luar,
e da tua lágrima de perdão arquiteto o sexo mais autêntico
que os anjos boquiaberram depravando castigos evangélicos,
pois no teu corpo eu abandono teoria e estatuto
e visto a fúria que me faz inteiro
como a estrela mais brutal de um céu feito de urros,
aonde a noite serve apenas p'ra entender
que a minha fêmea é você e que se dane o escuro
ou que se danemos no escuro.
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