quarta-feira, 17 de março de 2010

Anhagabau

Aqui estou outra vez pra tua sombra
Venho clamar abrigo e proteção
Sou devoto de Baco
Ando sozinho no silencio de noites escuras
Esfrego-me nojento com homens e mulheres que não conheço
Puxar um trago
Sentir o ar correr quente nos vasos sanguíneos e depois
Loucura...
Ando sozinho entre becos escuros
Sou um caminhante
Sou um degredado filho de Eva a caminha em terra estranha me esbarrando com pessoas estranhas em noites frias
Tomar o litro de vodca que carrego por baixo do casaco molhado
Sentir o corpo anestesiado
Embriagado durmo na calçada
Os que passam não me percebem
Não me percebe o meu vizinho ao lado
Não me percebem os casais apaixonados que cruzam o anhagabau
Anhangá Deus-Demônio é quem me percebe e me da morada em suas calçadas
No seu vale, quanto vale a vida?

Um comentário:

  1. Vodca, os filhos de Baco preferem o vinho.

    Anhagabau, tem algo de caixa de Pandora, é o demônio menor preso no baú.

    ResponderExcluir

Não será tolerado nenhum tipo de ofensa, desrespeito, ou colocações em desacordo com as regras do blog ou algo do tipo... Criticar leitores ou falar mal da Taba e seus membros, aqui, nem pensar!