Um espaço para os guerreiros soltarem sua voz em torno da fogueira. Tomai assento em vosso lugar em torno da fogueira. E dizei palavras belas.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Rainha
pro mar
e pra mim
na primeira vez
eu lembro de uam brisa quente que soprava e ela suada
gozava o prazer de ser rainha
o mar em extase lambia suas pernas
na segunda vez
eu era quem soprava
quisera eu ser brisa quente
agua gelada do mar de lua cheia
pra lamber o teu corpo e me fazer extase
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Sarau da Taba - Sábado a partir das 15h00 – 04/12/2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Presença da Taba de Corumbê no II Encontro de Teatro em Mauá - SP
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
JERÔNIMO DECIDE MORRER
Estamos com o projeto da história coletiva de JERÔNIMO DECIDE MORRER - A história de um homem que decide se suicidar ao final de um dia. A idéia surgiu durante uma das oficinas de conto que a Taba realiza a cada quinzena, em uma sala da SeCult de Mauá.
Nosso dever, será contar os eventos de um trecho desse dia e das coisas que impediram que Jerônimo se matasse naquele determinado momento.
Eu, Lexy Soares, comecei a história com aintrodução que segue abaixo, onde eu apresento a história. Agora, cada colaborador ( e todos da taba estão desde já convidados) deve continuar a história, seja do ponto onde parou, ou memso mostrando algum fato que aconteceu naquele dia antes do Jerônimo se matar. Cada um pode dar o enfoque e o tom que desejar à sua parte da história - humor, terror, drama, etc - e contar o que quizer a respeito da vida dele ou até mesmo consentrar-se nas pessoas que o cercam.
Em caso de dúvidas, leiam os emails enviados por mim e por Marcos Roberto Moreira, que contém mais informações a respeito. E também estamos enviando o texto com as primeiras colaborações feitas para apreciação, análise, e novas sugestões.
Quem quiser ajudar a matar o Jerônimo, está convidado.
JERÔNIMO DECIDE MORRER - capítulo 1
Fazia uma bela manhã naquele sábado. Era dia 18 de março, e não era um dia nem um pouco especial. Exceto que, naquele dia, Jerônimo decidiu morrer. Um homem de meia idade, solitário, sem expectativas, nem esperanças. Ele imaginava que o melhor era dar cabo de uma existência sem conteúdo como a dele do que continuar inutilmente acordando de manhã, e deitando-se para dormir à noite, com uma tola tentativa de preencher o espaço entre essas duas ocasiões com hábitos arraigados desinteressantes.
Assim, naquela manhã, ele se decidiu. Talvez a única decisão firme que tomara na vida. A primeira coisa que um suicida faz é se decidir como deveria ser sua morte (ao menos, é o que ele achava, já que nunca conheceu um suicida, e era o pensamento que passou pela sua cabeça na hora). Uma morte rápida e indolor, ou lenta e dolorosa? Ele pensou sobre isso, entre um gole e outro de chá de hortelã, e pão de forma com geléia de framboesa. Às vezes, seu pensamento desviava do assunto em pauta (porquê será que cada sabor de geléia tem um preço? E porquê a de framboesa era a mais barata?), mas sempre voltava ao suicídio. E depois de lavar a louça do café, ele se decidiu: iria se matar com a arma que tinha. Um revólver que ele guardava no porão, que possuía desde o tempo em que morava numa favela. Foi um presente de um amigo traficante, que ficou um tempo escondido na sua casa (favor que conseguiu de Jerônimo por saber como fazer as ameaças certas) e ele nuca usou.
Bem, primeiro, era preciso procurar pela arma, depois ver se tinha balas (“Ah, com certeza tem, já que eu nunca usei desde que ganhei.”). Então, como aprendera nos filmes, limpar, e então, “Bang”! Que trabalhão só pra usar uma arma pela primeira, ultima, e única vez no que restava de vida... Se Jerônimo soubesse como seria seu sábado, teria pensado que limpar a arma foi a parte mais tranqüila. Afinal, ele não sabia quem iria bater à sua porta, tocar a campanhinha, chamar pra conversa no MSN, ou mesmo gritar na janela do outro lado da rua.
Ele não sabia. Sequer imaginava que sua tentativa de suicídio seria interrompida tantas vezes. Ainda bem que Jerônimo era uma pessoa paciente, e persistente.
Bem, mas antes de contar o final da história, vamos aos fatos tais quais ele se sucederam:
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Oficina de Poesia da Taba – Neste Domingo – 07/11/2010 -
Oficina de Poesia da Taba – Neste Domingo – 07/11/2010 -
Neste domingo dia 07 de novembro de 2010 acontecerá a “OFICINA DE POESIA” da Taba de Corumbê. Evento aberto e livre.
Domingo: 07/11/2010 - 15h00 ás 17h00
Local: TEATRO MUNICIPAL DE MAUÁ
Rua Gabriel Marques, n.º 353 - Centro – Mauá – SP
(Acesso também pela Avenida João Ramalho, 456.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Mais uma casa.
exercício de criação 6
O que a foto te faz pensar? Que lugar é esse? O que aconteceu antes?http://gambiarraliteraria.blogspot.com/2010/09/exercicio-literario-6.html
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Oficina de Poesia da Taba – Neste Domingo – 19/09/2010 -
Oficina de Poesia da Taba – Neste Domingo – 19/09/2010 -
Neste domingo dia 19 de setembro de 2010 acontecerá a “OFICINA DE POESIA” da Taba de Corumbê. Evento aberto e livre.
Domingo: 19/09/2010 - 15h00 ás 17h00
Local: TEATRO MUNICIPAL DE MAUÁ
Rua Gabriel Marques, n.º 353 - Centro – Mauá – SP
(Acesso também pela Avenida João Ramalho, 456.
Oficina de Conto da Taba – Nesta Sexta-feira – 17/09/2010 -
Oficina de Conto da Taba – Nesta Sexta-feira – 17/09/2010 -
Nesta sexta dia 17 de setembro de 2010 acontecerá a “OFICINA DE CONTO” da Taba de Corumbê. Evento aberto e livre.
Sexta-feira: 17/09/2010 - 19h00 ás 21h00
Local: BIBLIOTECA MUNICIPAL CECÍLIA MEIRELES
Espaço “Heleny Gariba”
Rua Rio Branco, 87 - 1º Andar – Centro - Mauá – SP - Telefone:. 4547-1483
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
OLHOS APAIXONADOS
é um grito estrelando
a saudade no abismo
Cada noite sem você me descompleta
cada lágrima solitária deixo espetada
nos clarões da lua
O deleite dos anjos espalha as brasas
da anarquia aonde eu só queria
ter você
As estátuas sibilam mensagens
pelas aves noturnas
sexo e liberdade encarnam na praia
um anjo de fogo que eu dobro
até fazer da areia um sino do céu
e os amores que eu deixei
dedilham harpas nos meus olhos
apaixonados por você tão intensamente
que nem na morte dispo da pele teu sabor
e o pássaro cego sabe do que é feito o sonho
quando a natureza
se faz música
pelo sorriso da tua alma
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Sarau da Taba: Sábado a partir das 14h00 – 25/09/2010
sábado, 28 de agosto de 2010
leve
esses dias que nos consome devagar
a brisa quente no final da tarde
agua fria do gorotuba
o rio de minha aldeia molhava nossos pés
uma canga estendida em baixo do salgueiro
e paz entre seus braços
vou para o tempo neste instante
e talvez o mundo melhore
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
rua
Exercício de criação 1
http://gambiarraliteraria.blogspot.com/
domingo, 22 de agosto de 2010
MEU AMOR
imagem google
MEU AMOR
Toco o sol com minhas mãos
Levito de tanta emoção
Viajo como fada
numa bolha de sabão...
Flutuo entre as estrelas
Deslizo pelas nuvens
Basta voce tocar de leve a minha mão
Beijar minha face com carinho
Olhar meus olhos
falando devagarinho...
Seu sorriso me encanta
Sua voz me acalanta
E o amor se agiganta
O coração bate mais forte
Agradeço a Deus a sorte
Por ter-te colocado na minha vida
como meu norte...
Mesmo que espinhos machuquem o coração
Sangrem o peito, entristeçam a alma
Uma certeza me acalma
Com voce cessou-se a dor
Pois tudo em ti transpira o amor
Kira, Penha Gonçales
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
meteoros
encontro o deserto em mim
caminho semana em trilha rasa
as pedras dormem aos meus passos
onde brotam espinhos e flores
o espaço se corta em dois
e cantam as estrelas
os cântaros de aquário
nunca se esvaziam
e teu olhar é um rosa de seda azul
minha língua em chamas
te cobre de cintilações
e colhem os vespeiros maduros
de um mel grosso e escuro
(tempo de macieiras em flor)
aninho me na areia
como cama macia
sou vigiado por escorpiões vermelhos
e o chacal
sonho com uma mãe terna
a me abrigar com seus zelos
no sonho nosso amor
une átomos e estrelas
enquanto estou a mastigar
todos os meteoros possíveis
de teus cabelos
Exercício de criação 2
http://gambiarraliteraria.blogspot.com/2010/08/exercicio-de-criacao-2.htmlcasa de papel
casa de papel
geração espontânea
de feitiços
Exercício de criação 3
http://gambiarraliteraria.blogspot.com/2010/08/exercicio-de-criacao-3.htmlquinta-feira, 12 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Dica
ps: me apropriei da ideia de biblioteca coletiva desde que cheguei aqui com minha bagagem e mais duas enormes bolsas com livros,cds,apostilas e dvds tenho revisto o que trouxe e doado para a blibioteca publica de Nova Porteirinha cIdade vizinha a Janaúba,porém com sempre vejo a biblioteca vazia,mudei de ideia escrevo na sobre-capa:compartilhe um livro e o deixo em qualquer lugar eles tem sumido tomara que estejam sendo lidos
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
viela
das pedras ancestrais
em meio
da rua
a poça
convida a criança
chafurdar
janelas testemunhas silentes
portas e janelas
com trincos e trancas
gonzos seculares
olhos esticam
pelos vidros
atravessada
espia
lá fora
potes de barro
folhagens e flores
ausência e brisa
esperam
(Exercício de criação 1 – Gambiarra Literária)
05/08/2010
http://gambiarraliteraria.blogspot.com/2010/08/exercicio-de-criacao-1.html
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Vento
levou o que eu era
levou o que tinha
o que sabia
as minhas certezas desnecessarias
tão fantasticas que enchiam meus parcos bolsos
e que agora de nada servem
veio um vento e carregou para longe daqui meu pensamento
futuros disponiveis
presentes tao desejados
passados doces e molhandos
veio um vento e me levou
terça-feira, 27 de julho de 2010
dragão
e toda profecia
que lhe saía das mãos
era uma sentença torta
epístolas postas na mesa
sem direito e direção
era festa na aldeia
ou se assemelhava
algo que voava
entre fitas lilases
e milagres de vinho e pão
e todo vento
que me chegava
era embriagado
estopa embebida em vinagre
deuses bentos em oração
e sob luz de candeias e voltas
toda a reza tinha um certo destino
olhares de menina triste
rosas verdes no parapeito
e medo de assombração
naquela noite não dormi direito
São Jorge não era meu amigo ainda
olhava-me firme junto à janela
com o cavalo empinando
e debaixo mais condescendente
com todos os seus dentes
ria de mim o dragão
quinta-feira, 22 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Quero abrir a porta
Quero abrir a porta...
E ver o que tem...
Lá dentro!
Provavelmente ele está lá!
Mas não sabe disto
Está batendo a máquina
Esta fazendo barulho
Provavelmente vai acordar a todos
Não quero abrir a porta!
Para não ver...
...o que está lá dentro!
Provavelmente
Ela está por lá
Digitando algum texto!
E vai fazer barulho!
Vai acordar a todos
Pois todos estão dormindo!
Já faz tempo!
Pois eu sei!
Mas ela não sabe...
Mas está viva!
Bem viva pôr sinal
Mas eles sabem disto...
Quero fechar a porta!
E esquecer...
O que tem lá dentro
Pois ela estava morta!
Não queria viver...
Quer ir para bem
Para bem longe
Daquilo tudo!
Pois ela não sabe
Mas eu estou vivo!
Embora combalido
Estou vivo
E bem vivo
Apesar toda ausência...
Dela em minha vida
Quero fechar a porta
As janelas
E me esconder
De toda a ausência
De toda a dor
Não quero ver o sol
As estrelas
Os astros
Só quero fechar
A porta
E esquecer
Que um dia
Amei-te!
Mas que a mim mesmo
Hoje
Só quero fechar a porta
E ir embora...
De toda a tua ausência!
De toda a dor!
Samuel Congo da Costa é poeta em Itajaí SC
quarta-feira, 14 de julho de 2010
parafraseando Drummond:
terça-feira, 13 de julho de 2010
O QUE É AMOR
IMAGEM DE MARCEL
O O QUE É AMOR
Na beleza do pôr-do-sol
Contemplo a paz contida
no silêncio da noite que se aproxima...
Tudo é calma
Tudo é alma
Sinto a grandiosidade do Todo
Se manifestando nas pequenas coisas
No bater do meu coração
No pulsar de uma paixão...
Neste momento cessa
o que denominamos "dor"
Pois na minha vida
Compreendo o que é amor.
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
ME FASCINA
imagem google
ME FASCINA
Teu cheiro me fascina...
A lembrança do seu beijo
Domina meus sentidos
Meu corpo entorpecido
Anseia por seu toque...
A razão e a emoção
Entram em choque
Aceleram o coração
E eu pergunto: o que é este sentimento?
Não é paixão, nem atração
Não é amor
Sua ausência causa tormento
A saudade maltrata o peito
Causando sofrimento...
A alma num lamento compõe versos
O sentimento é único
incompreensível
Mas sem razão de ser...
E lança no Universo uma melodia
Que volta para o pensamento
Em acordes doces de um sentimento puro
Carinho, afeição...
Por que não dizer que é amor então?
Sentimento que não tem porque existir...
Brincadeira da vida
O meu tempo extinguiu-se
O seu... apenas começou
E lanço no papel, palavras
Poesia traduzida em poemas
A alma perdida não entende...
Por que não pode ser?
A razão tem sua opinião...
A emoção deve ser guardada
apenas no meu coração
Assim é triste amar...
Mas eu sei
Isto vai passar
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Meditação
A gente começa a amar
por simples curiosidade,
por ter lido no olhar,
certa possibilidade.
E como no fundo,
a gente se quer muito bem,
ama quem ama somente,
pelo gosto que tem.
Pelo amor de amar
começa a repartir o pudor,
e se habitua depressa,
a trocar frases de amor.
E sem pensar vai falando,
as coisas que já falou
e então continua amando,
só porque já começou.
Paula Kalantã
e-mail: paulinhakalanta@yahoo.com.br
sábado, 10 de julho de 2010
ACREDITAR, SEMPRE...
imagem google
ACREDITAR, SEMPRE...
Enfrentar problemas com coragem!
Acreditando sempre que amanhã será melhor...
Tudo é aprendizado, afinal de contas!
Desafios... eles estão e estarão sempre presentes.
O importante é encará-los de frente, fazendo sempre o nosso melhor.
Não devemos temer algo... o melhor sempre acontece para cada um!
Acreditar sempre, pois temos dentro de nós algo de Divino, que a Força Maior colocou e está presente na nossa Essência.
Kira, Penha Gonçales
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INOCÊNCIA
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INOCÊNCIA
A pureza de um olhar
Transmite tudo o que é amar
Transparência e verdade
Sinceridade...
No olhar de uma criança
Toda a esperança contida
Nos mostrando que apesar de tudo
que possa nos entristecer
A vida, esta dádiva Divina
Vale a pena ser vivida
Kira, Penha Gonçales
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
Contrato.
quando me deram de comer
compraram com isso minh’alma
colocaram no fundo do prato
um contrato sem que me apercebesse
e quanto mais me fartasse
quanto maior a abundante mesa
mais partes de mim se levavam
não me sinto mais eu mesmo
há um vazio que me preenche por dentro
não há tormento,
nem angustia
só um vazio que me permeia a pele
como se esta fosse invisível
como se não fosse mais possível.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
CORAÇÃO INSENSATO
IMAGEM GOOGLE
CORAÇÃO INSENSATO
Oh! Coração!
Por que disparas tão alucinadamente
a uma simples visão deste ser?
Por que bates descompassado?
Por que Alma minha,
brilhas através do meu olhar
a um simples sorriso deste moço?
Diga-me Senhora Sensatez?
Por quê?
Por que foges e deixa que a Insensatez
ocupe o seu lugar?
Loucuras do coração...
E quem vai dizer o contrário?
Paixão...
Sedução a um simples toque!
O que eu faço com a razão agora?
kira, Penha Gonçales
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terça-feira, 6 de julho de 2010
Atrabílis (on the rock)
Sonho embalado
Alívio artificial
São segundos
De dor e alívio
Embalo por doces
Que matam...
São corpos esqueléticos
Embarcados em almadias fictícias...
A dançar com a cerasta...
A sonhar com a dabua encantada!
A pedir mais uma dose!
Na noite fria como uma alabanda!
Para uma nova viagem onírica!
Para voltar para casa...
Ao som dos tambores!
Para a mãe negra!
Samuel da Costa é poeta em Itajaí
A insustentável leveza do ser
Samuel Congo da Costa é poeta em Itajai SC
domingo, 4 de julho de 2010
TRADUÇÃO DO QUE É AMOR
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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
TRADUÇÃO DO QUE É O AMOR
Bolhas de sabão
Arco-íris multicor
Canto do Bem-te-vi
Beijo do Beija-flor
Anjo que cura a dor
Razão deste meu amor
Um beijo com emoção
Acalanto de eterna paixão
Meu poema criança
Traduz toda a minha esperança...
Kira, Penha Gonçales
quinta-feira, 1 de julho de 2010
esquizofrenia
dou passos ao acaso
e como diz o poeta Antonio Machado
a estrada se cria sob meus pés
sempre quis ser um artista plástico
o poeta entrou em minha vida de contrabando
junto o músico que menosprezei
o poeta é o mais persistente
dos sintomas
de minha esquizofrenia
terça-feira, 29 de junho de 2010
TODO AMOR
imagem google
TODO AMOR
Um carinho
Beijo de passarinho
Essência de uma flor
No bico do Beija-flor
Transporta no seu caminho
Doçura e amor
Não vê na vida que leva
Razão para o desamor…
Kira, Penha Gonçales
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Ensaio
Ensaio
Esqueço que sou mulher
Esqueço que sou gente
Esqueço que sou humana
Esqueço que sou admirada
Esqueço que sou forte
Esqueço que sou feliz
Esqueço que sou triste
Esqueço que sou alegre
Esqueço que sou feliz
Esqueço que eu existo
Esqueço que sou bonita
Esqueço que sou me transformando
Esqueço que te quero
Esqueço que não sou perfeita
Esqueço que sou falha
Esqueço que sou amada
Esqueço que te quero bem
Esqueço que sou que fui tua
Esqueço que te beijei
Esqueço que te adorei
Esqueço que fui uma pessoa
Esqueço que tenho talento!
Esqueço tudo
Esqueço o mundo
Esqueço a euforia
Esqueço a harmonia
Esqueço os teus carinhos
Esqueço o passado
Esqueço o futuro
Esqueço o presente
Esqueço o momento
Esqueço a minha sombra
Esqueço o sossego
Esqueço a multidão!
Esqueço do trato
Esqueço que nasci
Esqueço da traição
Esqueço do humor
Esqueço a família...
Esqueço a sinceridade
Esqueço a amizade...
Esqueço a solidariedade
Esqueço o perdão
Esqueço a falsidade
Esqueço que tenho direitos
Dessa vez há uma chance...
Sou real
Patrícia Raphael é poetisa em Itajaí
Cabística
Samuel C. da Costa poeta em Itajai SC
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Entregar bêbados.
entregar bêbados,
eis uma ingrata tarefa
enfrentar mães e esposas enfurecidas
sempre
por alguma razão desconhecida
o amigo sóbrio que devolve o bêbado
é sempre a má companhia
que o conduz a bebida
joelhos ralados
roupa salpicada de vômito
cheiro de urina nas calças
palavras balbuciadas e desconexas
realmente,
é desagradável receber um destes pacotes
(Este poema é parte de meu livro inédito "index animi" que provavelmente nunca será publicado)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
o preparo (o último chá)
camisas e lençóis brancos no varal
o chão e casa impecavelmente limpos
as coisas ordeiramente arranjadas
na sala e nos quartos
o jardim bem cuidado
a grama cortada
um quarto cuidadosamente trancado
tudo no exato lugar
desde o dia da morte do único filho
na cozinha
a velhinha prepara um bolo
farinha, leite, ovos, cacau e açúcar
sentado na poltrona
esperando o chá
o marido lê o último jornal
saindo do formo
aroma de chocolate
no preparo
da água fervendo no fogão
coloca com toda a delicadeza
duas colheres de raticida
(Este poema é parte de meu livro inédito "index animi" que provavelmente nunca será publicado)
quinta-feira, 10 de junho de 2010
ÁFRICA-2010
O som das vuvuzelas
O grito sem nome
As cores são belas
mas o que elas dizem é:
FOOOOOOOME!
FOOOOOOOME!
FOOOOOOOOOOOOOOOOOOME!
...
JORGE DE BARROS
terça-feira, 8 de junho de 2010
Resultado do Concurso de Poesias Sama – Tema: Água
quarta-feira, 2 de junho de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Babel
– prisões de alto-padrão
que detém a classe média atrás das grades
para sua própria proteção –
Ali
crianças trocam a várzea
por quadras de cimento batido
casais entrelaçados
ronronam baixas gemidos
“Não faço barulho
as paredes têm ouvidos!”
E enquanto o espetáculo da via alheia passa
na vidraça da torre em frente
toda gente
empilhada
amontoada
busca sua individualidade
luta por privacidade
mantendo-se o mais distante possível
com “ois” desanimados no corredor
com “silêncios” intermináveis no elevador
nessa Babel hodierna
onde cada pessoa fala uma língua
sem a mínima vontade
de fazer entender
quarta-feira, 26 de maio de 2010
A saga dos que vêm de longe
Iracema Mendes Régis
Rosa, que veio de longe
Cara de boneca de pano
Corpo miúdo, desengonçado,
Dos mamulengos da terra.
Trepada no alto,
Espia a 22 de Novembro,
Quase esquina com a Av. Barão.
Ajeita o cabelo, faz unha de pé e mão.
Rosa, que veio de longe,
Não está mais sozinha –
Tem até marido e de noite dorme
Num cantinho só seu.
Caprichosa a Rosa
Faz as unhas da madame
E as suas também.
Corajosa a Rosa
Resiste ao calor do cubículo
Com a mesma graça
Das flores que viçam na praça.
Feliz a Rosa
A tardezinha desce!...
Na casa do Norte,
Envolta nos cheiros do fumo de rolo,
Da carne jabá, da cachaça, da rapadura,
Do pé-de-moleque e do requeijão,
Ela se abastece.
Cidade de Pedra e Argila
“Orquídea posta num vaso”
Nicolas Guillén
Vejo ainda
Grudado no chão
A argila mole
Consistente, catarrosa
Com a qual antigos operários
Moldaram a cara da cidade.
Foi daqui que saiu
A louça, a telha o tijolo
E mais tarde o paralelepípedo
Para a construção de outras
Cidades pelo Brasil afora.
A louça made in Mauá
Criou asas e saiu
Ornamentando mansões grã-finas
Desde “Oropa”, França e Bahia.
Toca Filosófica 19/02/2003
Cascata
terça-feira, 25 de maio de 2010
Arvore
Saudade agora é uma lagoa
que brota da terra que me gerou
me deu sede de beber da agua que fertiliza a terra
quem sabe,fazer nascer em mim arvores
genealogias,raizes,galhos troncos
uma porçao de parentes e agregados
avores,galhos troncos,raizes
genealogia sob aos ceus
caem a terra frutos maduros
prontos para refazer o circulo virtuoso