segunda-feira, 24 de maio de 2010

MORTE DA REALIDADE




Quatro velas velam a nua realidade

no fundo espaço frio,

cova do fruto da desilusão

aonde jaz

no eterno vazio.

A vida traz

noite sem luz

noite sem lua,

a carpideira contrita chora

a mão crispada ordenamente

encena o sinal da cruz

depois levanta , olha e vai embora,

afinal a vida continua


E a morte?

Ah! Quem quer saber da morte?


ANDRADE JORGE

direitos autorais registrados


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