terça-feira, 11 de maio de 2010

ARABELA

Assim que a manhã nasceu
o coelho dominou o caos
atravessando as torres tortas
da poesia

Nem bem o Anjo brilhou
entre a estrela negra e a dourada
a aranha teceu o pentagrama
dos acordes inaudíveis

que apenas o cão do mago capta
na lógica partida do polichinelo
cujo sorriso é herança do tempo
em que o lápis guiava a aquarela

porém, ainda vivemos pelo encanto
das artes mágicas que Arabela
despeja no sonhos dos peixes,
inventando a tinta pelo sonho

para que o sonho nunca a tinta deixe

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