Edson Bueno de Camargo
não inventario novas palavras
estas me inventam
com boca de sede insaciável
e primaveras com dentes
as letras são códigos completos
cada uma
carrega um poema vítreo
olhos de peixes fossilizados
em complexidade
toda a palavra é criação
desde o princípio de tudo
até o último suspiro da matéria escura
desde a água vermelha
que me completa
até as pedras calcárias
produzidas em meus rins
Aí, deve doer...
ResponderExcluirAbço